Pesquisadores do FoRC submetem patente relativa a 19 possíveis novos alérgenos alimentares

Caso se comprove que as substâncias presentes no mamão, na manga, no abacaxi e na mandioca provocam mesmo alergia, a descoberta poderá ajudar a melhorar o diagnóstico da doença.

Fronteira do conhecimento

O trabalho de pesquisadores do Centro de Pesquisa em Alimentos (Food Research Center – FoRC) poderá ajudar a melhorar o diagnóstico de alergia alimentar, um desafio para todos os que se dedicam a essa especialidade médica. Em seu projeto de doutorado, a farmacêutica Gabriela Justamante Händel Schmitz, orientada pelo professor João Roberto Oliveira do Nascimento, descobriu 19 potenciais novos alérgenos alimentares e está requerendo a patente dessas proteínas. A pesquisa que conduziu às descobertas contou com a parceria de pesquisadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, além de um professor da Universidade de Nottingham.

“Por enquanto, são potenciais novos alérgenos descobertos para a manga, o mamão, o abacaxi e a mandioca. Temos de realizar ainda alguns estudos para considerá-los realmente como alérgenos, mas todos eles têm um enorme potencial”, diz Gabriela, que pretende emendar o pós-doutorado, continuando a pesquisa.

“Vale muito a pena investigar essas proteínas, pois podem ser novos alérgenos ainda não descritos”, afirma o professor João Roberto Nascimento. “Algumas delas já são conhecidas, mas como alérgenos, nunca foram relatadas.”

Gabriela afirma estar empolgada. “Na defesa de minha tese, que aconteceu dia 12 de março, o professor Fábio Morato Castro, alergista, imunologista e um dos colaboradores da pesquisa, ficou muito animado porque estamos tentando focar no diagnóstico. Quanto mais alérgenos forem descobertos, mais aprimorado se torna o diagnóstico, já que essas proteínas poderão futuramente ser utilizadas em testes de alergia.”

A Agência USP de Inovação (AUSPIN) tem um ano, a contar da data de defesa da tese de Gabriela, para finalizar o processo de documentação da requisição da patente. Além de Gabriela Schmitz, João Roberto Nascimento e Fábio Morato Castro, também participam da pesquisa Marcos Alcocer (Universidade de Nottinghan), Keity S. Santos (Faculdade de Medicina da USP), e  Ariana Yang (HCFMUSP).

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Imagem: Marcos Santos/USP Imagens




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