Vinhos finos x vinhos de mesa

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O brasileiro, tradicionalmente, gosta de vinhos suaves e doces. Mas, de acordo com Lucas Bueno do Amaral, enólogo e mestrando da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF/USP), esse paladar vem mudando, conforme o vinho se torna uma bebida mais popular e mais frequente em ocasiões não especiais.

A diferença entre o vinho fino e o vinho de mesa são as espécies das uvas utilizadas para a elaboração das bebidas. Amaral explica que as videiras usadas com o objetivo de processamento do fruto e/ou seu consumo in natura são do gênero Vitis. As duas mais importantes são a Vitis Vinifera e a Vitis Labrusca. 

“A Vitis Vinifera é uma espécie europeia, e é dela que fazemos vinhos finos, espumantes e vinhos licorosos. Variedades como Syrah, Cabernet Franc, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Carmenére – todas elas pertencem à espécie Vitis Vinifera. Algumas variedades, como a Thompson, são consumidas in natura, ou usadas para a produção de uvas-passa”, explica Amaral. 

Já a Vitis Labrusca é uma espécie americana, utilizada principalmente na produção de vinhos de mesa e de sucos, além do consumo in natura. “Para elaboração de vinho de mesa usam-se variedades como a Bordô, também muito utilizada para a produção de sucos, a Isabel, a Niagara Rosada e a Niagara Branca. As duas últimas também são muito consumidas in natura”.


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