Por que leites fermentados e iogurtes predominam no comércio de alimentos funcionais?

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13/05/2016 - “O fato de certos produtos lácteos contribuírem para a sobrevivência dos probióticos ao suco gástrico fez com que a indústria de laticínios tenha encontrado nessas culturas uma boa ferramenta para o desenvolvimento de novos produtos”, explica Susana Saad, pesquisadora do Centro de Pesquisa em Alimentos (Food Research Center – FoRC) e professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.

Consequentemente, há uma grande variedade de produtos lácteos probióticos – segmento do mercado que não para de crescer. Entretanto, com o aumento do número de indivíduos com intolerância à lactose, dislipidemia (distúrbio nos níveis de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue, comum na população em geral), além do vegetarianismo crescente, a tendência é surgirem probióticos associados a outros tipos de alimentos. No exterior, por exemplo, já é possível encontrar sorvetes e outros produtos à base de soja com probióticos e prebióticos.

Você sabia?
Os queijos são produtos que conferem maior proteção às bactérias probióticas durante a sua passagem pelo trato gastrintestinal (contra a ação do oxigênio, baixo pH e sais biliares). O conjunto de características desses produtos leva a crer que sejam mais adequados como veículos para os probióticos do que leites fermentados e até mesmo que os iogurtes. No entanto, a incorporação de probióticos nos queijos demanda conhecimento de todas as etapas de produção e, talvez, uma adaptação dos protocolos de fabricação existentes hoje.
Outros alimentos visados para a adição de probióticos são as sobremesas, principalmente as lácteas. Estudos comprovam que um deles, o frozen yogurt, além de baixo teor de calorias, é um excelente veículo para a incorporação de bactérias probióticas, assim como o sorvete.

Fique a par: O relatório Probiotic Products: a Global Market Overview, publicado em outubro de 2015, aponta que o mercado norte-americano de probióticos será o mais próspero do mundo entre 2015-2020, com um crescimento médio de 11,4% durante esse período. Atualmente, o maior mercado está na Ásia e no Pacífico, onde esses alimentos movimentaram 15 bilhões de dólares em 2015. Espera-se que essa cifra suba para 16.3 bilhões de dólares em 2016.

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