Os superalimentos, entendidos como algo milagroso, não existem. Não temos um alimento que, consumido, resolva todas as nossas necessidades de obtenção dos nutrientes – como carboidratos, vitaminas, proteínas, minerais. Precisamos ter, na verdade, uma alimentação equilibrada, só assim conseguimos a nutrição completa para o organismo.
Isso significa consumir determinadas quantidades de proteínas, gorduras, carboidratos, micronutrientes, daí a recomendação de se comer frutas, verduras, reduzir a quantidade de alimentos com carboidratos, consumir carnes e peixe de forma equilibrada e aderir a hábitos saudáveis, de forma geral.
Existem alguns alimentos que têm mais nutrientes. Certas frutas, verduras têm concentração de minerais e vitaminas maior do que outros alimentos. Contudo, isso não os torna superalimentos. Além disso, a gente ouve muito hoje sobre os alimentos funcionais. Frutas e verduras têm, além dos nutrientes conhecidos, os compostos bioativos como, por exemplo, o betacaroteno, a luteína, os flavonoides e outros.
Vários desses compostos têm alguma função importante para nossa saúde. Então, frutas e verduras têm correlação com a redução das chances de se desenvolver doenças não transmissíveis. Os chamados alimentos funcionais têm esses compostos bioativos, e seu consumo ajudaria na prevenção das doenças. Mas, novamente, não são superalimentos, eles apenas têm componentes que desempenham uma ação fisiológica importante no organismo para a manutenção da nossa saúde.
Autor: Franco Lajolo, professor do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP e pesquisador do FORC. T
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