Não existem superalimentos

Não há um alimento que, consumido, resolva todas as nossas necessidades de obtenção dos nutrientes.

Você sabia?

Os superalimentos, entendidos como algo milagroso, não existem. Não temos um alimento que, consumido, resolva todas as nossas necessidades de obtenção dos nutrientes – como carboidratos, vitaminas, proteínas, minerais. Precisamos ter, na verdade, uma alimentação equilibrada, só assim conseguimos a nutrição completa para o organismo.

Isso significa consumir determinadas quantidades de proteínas, gorduras, carboidratos, micronutrientes, daí a recomendação de se comer frutas, verduras, reduzir a quantidade de alimentos com carboidratos, consumir carnes e peixe de forma equilibrada e aderir a hábitos saudáveis, de forma geral.

Existem alguns alimentos que têm mais nutrientes. Certas frutas, verduras têm concentração de minerais e vitaminas maior do que outros alimentos. Contudo, isso não os torna superalimentos. Além disso, a gente ouve muito hoje sobre os alimentos funcionais. Frutas e verduras têm, além dos nutrientes conhecidos, os compostos bioativos como, por exemplo, o betacaroteno, a luteína, os flavonoides e outros.

Vários desses compostos têm alguma função importante para nossa saúde. Então, frutas e verduras têm correlação com a redução das chances de se desenvolver doenças não transmissíveis. Os chamados alimentos funcionais têm esses compostos bioativos, e seu consumo ajudaria na prevenção das doenças. Mas, novamente, não são superalimentos, eles apenas têm componentes que desempenham uma ação fisiológica importante no organismo para a manutenção da nossa saúde. 

Autor: Franco Lajolo, professor do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP e pesquisador do FORC. T


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