Os microbiologistas sempre recomendam tábuas de corte feitas de plástico em vez das de madeira como utensílio de cozinha. Por ter uma porosidade maior, a superfície da madeira fornece abrigo ideal aos micro-organismos e, portanto, há maior chance de uma contaminação cruzada. O que poucos sabem é que há plásticos quase tão porosos quanto a madeira, tanto que alguns ficam manchados com o tempo.
Por isso, a primeira recomendação é ter tábuas separadas por finalidade, seja de madeira ou de plástico. “A tábua para cortar carnes, aves e peixes deve ser usada só para esses tipos de alimentos. Ao cortar vegetais ou pães no mesmo utensílio, há risco de contaminação cruzada, mesmo lavando o utensílio entre uma manipulação e outra”, alerta Uelinton Pinto, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP e pesquisador do Centro de Pesquisa em Alimentos (Food Research Center – FoRC).
Além de ter utensílios separados por finalidade, é recomendável que as tábuas sejam trocadas periodicamente. “O ideal é fazer a troca sempre que o utensílio apresentar desgaste pronunciado, uma vez que ranhuras na superfície podem abrigar micro-organismos”, diz. Só a higienização adequada não dispensa a troca porque os micro-organismos têm capacidade de adesão, formando biofilmes nesses utensílios malconservados. Recomenda-se também nunca guardar a tábua úmida. “Uma tábua de madeira, por exemplo, vai apresentar mofo em poucos dias nessas condições”.
De qualquer forma, prefira sempre tábuas feitas de plástico. Não é à toa que em ambientes profissionais, como cozinhas industriais e restaurantes, a lei proíbe o uso de utensílios feitos de madeira, salvo poucas exceções.
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